segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mochilando: Bariloche

No dia 7, pegamos um ônibus faz Buenos Aires a Bariloche; se vc quiser fazer esse trajeto de ônibus, nem precisa comprar antecipado por internet, dá pra comprar na rodoviária na hora. Tem várias cias que fazem, por volta de R$ 180, com serviço de bordo. A viagem leva umas 20 horas, mas super vale à pena pela vista. É incrível. Dessa vez nos hospedamos no Hostel-Inn, do grupo Marco Polo Inn. O hostel tem cara de hotel mesmo, no caso barato. No primeiro dia, tivemos só o quarto pra gente. Não tinhamos feito um roteiro, então perguntamos à recepcionista o valor e as atividades oferecidas pelo próprio hostel, mais tarde fomos dar uma volta pelo Centro Cívico em busca de agências que oferecessem também os passeios e os preços. Bom, o Centro mesmo é bem shit; só tem adolescentes andando pelas ruas, que vão por causa da formatura. Bariloche = nova Porto Seguro. Além de inúmeros brasileiros, aliás a Argentina está infestada de brasileiros, quase uma praga. O pior de tudo isso é que criou uma identidade estranha, já que na maioria dos lugares as pessoas querem falar com vc em português, de tanto que os brasileiros se recusam a aprender o castellano. Na boa, mó falta de respeito isso! Não à toa, chamam a cidade de Brasiloche. F-A-I-L.
Decidimos fazer o Circuito Chico e a Vila Angusta no dia seguinte pela agência Surprise. O Circuito Chico leva até o Cerro Campanário, onde é possível pegar um teleférico até o topo. Considerado a sétima melhor vista do planeta: Vale à pena! Custa 30 pesos argetinos = 15 reais pra pegar esse teleférico. À tarde, rolou a Vila Angusta, que também não fica pra trás. É uma vila na qual se recusa a se transformar no que Bariloche virou: um centro turístico sem identidade da cidade propriamente dita. Essa vila lembra muito Gramado [RS], as casas são todas feitas de pedra e madeira. Pra quem quiser esquiar, tem ali também o Cerro Bayo, dizem que a neve é mais macia que a do Cerro Catedral, só que sai um pouco mais caro. No caminho, conhecemos dois lagos da região do Néuquen, estado em que se localiza a tal vila. Na volta ao Hostel, descobrimos duas companheiras: Marina e Renata. Umas fofas.

No dia seguinte, resolvemos dar uma volta de novo pela cidade e decidirmos se iriamos nesse dia ou no dia seguinte esquiar, e também aproveitar pra comprar o que precisava pra esquiar. Além disso, tinhamos planejado patinar numa pista de gelo. No meio tempo em que decidíamos onde iríamos comprar as luvas de neve e as meias térmicas, surge um cidadão na rua todo encapuzado gritando "ow, ow" em nossa direção, não sabíamos se era com a gente. Ai o cara disse: "São as amigas da Renata [nossa roomate]". Gente no meio da principal rua da cidade. Juro, nunca fiquei com tanta vergonha na minha vida!! Muito sem noção. Ai ele veio e sabe o que ele nos falou?

-Então vc sabe pra onde foi a Renata?

-ah, ela já foi esquiar.

-Ai é que a gente bebeu um pouco além da conta e só acordamos agora!

Pra que ele nos parou pra falar isso? Pra que, Deus?! Passar vergonha pra saber da bebedeira dele. Idiota! Enfim, ai choveu e ninguém teve coragem de andar até lá; primeiro pelo frio [fazia num média uns 5 graus], pelo vento frio, e pela chuva. :S

Dai resolvemos esquiar no dia seguinte no Cerro Catedral mesmo e a Marina disse que viria conosco, mas que tinha contratado pelo hostel. Acompanhamos ela até a loja onde ela alugaria as roupas, só que chovia tanto que resolvemos tomar um chocolate quente na famosíssima Abuela Goye; o que não sabiamos é que Marina era tão doida que na hora de escolhermos o que tomaríamos, combinei de dividir com a minha irmã, a doida da Marina olhou pra cadeira e disse:

-Nós também vamos dividir, viu? O.o

À noite fomos jantar no hostel do lado, pq era inclusa a janta. Nisso, conhecemos um colombiano muito ponta firme, que ao saber que eu fazia publicidade, me disse que seu pai era designer e que ele [o amigo] era advogado de Direitos Humanos, além disso fazia parte de um Grupo chamado Medio Libre [no espanhol pode ser Mídia Livre ou Meio Livre], o qual buscava outras maneiras de comunicação, por exemplo por meio do Grafite e de uma espécie de escultura que eles faziam no meio do centro de Bogotá. Tinha achado ele hilário, e, de fato, foi a pessoa mais interessante que conheci na viagem, sem faltar com respeito às outras pessoas. Dai contei que tinha achado estranho ter pouquíssimos grafites em Buenos Aires, mas que tinha tirado fotos deles; então ele me disse que a maioria dos grafites de BsAs, concentrados em San Telmo, eram feitos por colombianos e que tb tinha tirado fotos, mas a máquina e o notebook dele tinham sido roubados no hostel na capital, que se chama Downtown Hostel [não fiquem lá!].
Nessa madruga, nevou na cidade, as meninas tentaram me acordar pra ver, sem êxito. Óbvio. Na manhã, a cidade tava tomada pela neve, tava liiinda! mas bem gelada. E a Marina quase me matou pra tirar uma foto pra ela na escada com o jardinzinho do Hostel nevado. Esquiar é super bacana, vc nem sente frio, nada. Até nevou durante nossa aula. Foi lindo! Depois da aula nos encontramos com a Marina. Ela nos contou que o Hostel tinha contratado um pacote inexistente pra ela, num horário fantasma. Foi péssimo, mas a escola foi tão competente que até deu um professor particular pra ela. Bem Bacana!


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mochilando: Buenos Aires



Fiquei pensando em criar um tumblr pra contar essa aventura de 19 dias pelo Sul da América. Hum... pode ser um projeto prum futuro próximo.
Voltando à aventura latina, decolamos dia 2 de Julho em Buenos Aires, com o vôo da Qatar Airways; excelente companhia, a propósito. Fomos eu e a minha irmã, sem muito roteiro de viagem, só reservando alguns hostels.
O nosso hostel, o Ayres Poteños. Assim, se vc não conhece um hostel, nem nunca ficou em alojamento; não se assuste com um lugar que não seja do jeito da sua casa, banheiros divididos. Pois é, de início se toma um maior susto, mas depois vc percebe que é bem de boa, pra vc, pra todo mundo que tá lá. No nosso quarto, éramos nós duas e mais uma polonesa e uma peruana. Logo, na maioria das vezes, falávamos em inglês pra compreensão de todos.
No dia seguinte, conhecemos os outros integrantes do lugar, primeiro conhecemos um grupo de brasileiros, que tinham ido passar uma semana de folga do trampo, um outro brasileiro perdido da PUC-SP, um californiano, enfim...
Esse dia era o jogo da Argentina contra Alemanha. Ia rolar um telão na Plaza San Martín, uma galera queria ir e tals, mas assim... Fiquei meio tensa, imaginando que devia ser igual ao centro de São Paulo... Tenso. Mas ai, já tavamos lá, fomos. Era bem de boa, um povo de azul e branco que esporadicamente batia palmas pro jogo. No segundo tempo, fomos a um restaurante com meses de torcedores hostis: numa das mesas, uma mulher chorou com o fim do jogo, em seguida meu amigo pendurou a camiseta da Alemanha na varanda: fomos mega xingados por pessoas na rua; e quando voltamos, damos de cara uma mesa cheia de trocedores!
Ademais, fomos à feirinha de San Telmo, que ocorre aos domingos. Tiramos fotos com a Mafalda. Tomamos os famosos sorvetes Freddo. Fizemos compras fervorosas na Calle Florida [não podia faltar,né]. Jogamos Campo Minado com as bostas de cachorro nas ruas...
Tome cuidado com eles! Eles não limpam.
O mais memorável da viagem, de fato foi o bairro Recoleta, na qual tem o famoso túmulo da Evita Perón, que sinceramente não tem nada demais. Era feiio, mas vale a pena pelos outros túmulos. haha. O bairro segura todo o ar cosmopolita da cidade.
Buenos Aires tem um ar estranho; as ruas são mal iluminadas, o que não significa perigo, todo mundo anda nas ruas até altas horas. Exceto às segundas, pois misteriosamente os restaurantes, que costumam ficar abertos até umas 5 da manhã, simplesmente não abrem! E fica um silêncio na rua. Silencioso e escuro, né. Não é uma cidade extensa, mas é bem agitada. O metrô não é muito limpo. Se vc acha o trem de Osasco feio, experimente pegar o metrô da linha roxa em BsAs: parece um bonde e os próprios passageiros fecham a porta. Andar de ônibus é uma ótima opção, mas SÓ se aceita moedas, e cada ônibus tem um valor de passagem. tantantan
Existem pouquíssimos Grafites pela cidade, na maioria concentrados na região de San Telmo, e alguns outros na região da Boca, que é praticamente a periferia da cidade e onde fica o estádio do Boca Jr. Todos dizem pra tomar cuidado por lá, então... Tome cuidado!

me and Pedro as Folk Band

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Curta Richard Gale

Pra quem ainda não assistiu ao viciante e hilário curta metragem [ou o trailer mais longo do cinema] de Richard Gale:

O assassino horrivelmente leento com a arma extremamente ineficiente

segunda-feira, 31 de maio de 2010

About leaving II

Time after time I think it's just no good.
Sooner or later in life, the things you love you loose.

domingo, 16 de maio de 2010

Não sei dizer 'eu te amo'

[Sweetheart, I already miss you].

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Do interior


São nesses dias de volta pra casa da mãe, no interior, em que se pensa incessantemente como deve ser a sensação entre o gatilho puxado e o cheiro do forno nas entranhas. Diante das horas e horas de concessão até o momento em que a apatia torna-se predominante.
Meu silêncio não é 'sim', nem 'não', é apenas a permissão de conceder que faça de mim um instrumento.
Do meu interior insensato, e
com todo meu respeito às insituições sociais,
tenho dúvidas se a solução é um cigarro ou um 9 mm.