quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Do interior


São nesses dias de volta pra casa da mãe, no interior, em que se pensa incessantemente como deve ser a sensação entre o gatilho puxado e o cheiro do forno nas entranhas. Diante das horas e horas de concessão até o momento em que a apatia torna-se predominante.
Meu silêncio não é 'sim', nem 'não', é apenas a permissão de conceder que faça de mim um instrumento.
Do meu interior insensato, e
com todo meu respeito às insituições sociais,
tenho dúvidas se a solução é um cigarro ou um 9 mm.

domingo, 22 de novembro de 2009

500 days of Summer

Todas as críticas já disseram e eu repito: É mesmo um típico filme 'boy meets a girl'. Uma garota comum e um cara ordinário que se encontaram. Sem spoiler, mas já é sabido que eles não ficam juntos, só ratificando que não é um romance dos principais personagens.
O enredo segue guiado por um narrador e um 'calendário' que ajuda o telespectador a se situar em que momento tal acontecimento se sucedeu, já que a história não tem uma ordem cronologicamente correta. A trama, em si, é tão banal como todas as comédias românticas da Sessão Tarde; é um cara boring que acredita que encontrou a garota certa, só que ela discorda disso e não quer engatar num relacionamento sério.

Esse filme está longe de ser tão irreverente quanto Stranger than Fiction, ou tão deeper como Terapia do Amor [Prime]; ainda assim tem algo além como: descrever diariamente o começo de uma relação, como se portar nesse início. Bem como: expressar bem a virilidade masculina despois de ter finalmente passado a primeira noite com a garota [parafraseando alguém], as incertezas [de Summer] de se abrir prum relacionamento, representar bem que nem todas as mulheres crêem que é necessário o cara defendê-las.

Ele não é de todo cativante, e está mais para inovar na maneira de se fazer as [enquadradas] comédias românticas do que mudar o enredo delas.
É um filme que vale à pena ser assistido. Primeiro, pela discussão que causa a quebra da estrutura de se contar essa história; depois, porque ele contém assuntos facilmente abordáveis, dessas coisas de saber quando é a pessoa certa. Cada um tem o seu par, contudo o foco do narrativa não está aí; está na mudança de perspectiva: ao invés de mostrar o casal lindo e feliz, é apresentado um casal que não deu certo e a relação que é construída desse passado.

[Eu me vejo muito em Summer: alguém que não quer um relacionamento, porém que sabe que um dia vai ser surpreendida].

500 dias com ela está em cartaz nos cinemas. Ainda tem como aproveitar... Pra quem prefere o aconchego da casa, tem aí um link [ainda ativo]: 500 days of Summer.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aventura na balada - episódio final

Ele voltou com a ex-namorada. Sem mais.

Nem explicações, nem lamúrias.

Só sinto por ele.



Aproveitando a deixa...

Abrir mão de alguém é sempre difícil, né. Por mais que se tem consciência que é preciso ou que não sente mais o mesmo pela pessoa; não é tão simples deixar o orgulho, a possessividade, e falar pra esse alguém que o melhor é não estarem mais juntos.

Eu demoro muito pra me tocar que não vai dar mais, e sou mais lerda ainda pra anunciar isso pro dito cujo. Prefiro até não dizer nada, porque o cara não é idiota também, né. [A menos que só você esteja incomodada, e ele não perceba. Pufff, ele é um bossal!]. Às vezes é melhor deixar estar, pensar em saudades e imaginar as milhares de formas e vezes em que ele vai pensar em mim, por ter visto a minha banda favorita ou minha livraria preferida... Depois eu apago telefones, esqueço de chamar no msn e de mandar scraps... Fico só colecionando as minhas lembranças.

...Fico pensando naquela noite em que a gente se conheceu. Foi um delírio. E de maluco, ela morreu na manhã seguinte. Foi tão fantástico que eu me achava a Alice [no País das Maravilhas]; porque eu podia acreditar no que ele me dizia, nem tinha que ser verdade, porque relacionamentos desmancham quando se fazem planos e vão acorrentando um ao outro. Eu dependia dele, não verbalizava, e ele era meu pra sempre por aquelas horas.

E o resto? O resto foi a alusão a esse sonho em que a gente insistiu em tornar real.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aventura na Balada - parte II

A saga continua. Ou não. Na verdade, até hoje eu não entendi em que pé estamos.
Bom, depois daquele dia, conseguimos nos ver. Assim que ele chegou do aeroporto, ele veio aqui em casa.

Daí ficamos. Fomos ficando. Tudo muito lindo, maravilhoso. Eis que um dia eu fui procurar o telefone de uma pessoa no histórico do meu msn e o que eu encontrei? Uma conversa dele resolvendo problemas com uma ex. OI? No meu pc, mona?!
Pois é, honey, nem tudo pode ser perfeito, principalmente flerte de balada!
Bom, conversamos sobre. Ele explicou a situação entre ele e ela. [Que diabos isso tem a ver comigo?] E que principalmente não queria ter que ter resolvido isso no meu pc [claro!], na minha casa, comigo do lado. Rá! Cara, eu fiquei mais chateada por ele ter feito isso aqui, tudo bem que não tínhamos um lance sério com cobranças e tudo mais, mas isso não dava o direito de ele ter que falar com ela aqui, sabe. É muito chato. Além disso, estando ele aqui, já deixa claro as prioridades dele. Que, no caso, não era ficar comigo. =/

Fiquei pensando que devia ter dado o telefone errado, sabe, naquele dia da balada. E eu viveria naqueles amores platônicos do tipo "o que teria acontecido se a gente tivesse se encontrado?", bem estilo Before Sunrise [super recomendável, aliás]. Tudo bem, drogas mode on. Mas teria vivido num mundo perfeito.
Meu, o que eu tô falando? Claro que tinha que ter vivo isso! Por mais idiota que seja, não se pode viver numa esfera perfeita achando que a gente nunca vai se ferrar, né, estando com medo do mundo. [Muito emo o que acabo de escrever. Meldels!].

O que acontece é que estou vivendo nesse impasse: se abandono de vez, se continuo como estava antes, ou deixo ele como disk pizza [haha, diz ai se não é uma boa opção, hã]. É uma situação insustentável pros dois. Ele fica no "eu topo qq coisa, pq eu dei mancada", mas não aguenta sustentar o lema, porque quer uma decisão concreta.
Daí, num dia ele termina tudo, não quer mais ver a minha cara. [terminar o que?]. Eu fico chocada, um pouco triste, sem entender poha nenhuma. No outro dia, ele me liga, quer me ver. Hein? o.0 [Pode se decidir, por favor?].
Por exemplo, ontem à tarde ele ficou num dramadrag, falando que era melhor desencanarmos um do outro. À noite, rola aquele apagão, ele me liga. [não tenho nada pra fazer, sem tv, sem internet, sem wifi. Só me resta bater papo no telefone, né]:
-Eae, vai acabar o mundo. Quer ficar comigo hoje? [O que leva ele crer que a última coisa que eu quero fazer em vida é ficar com ele. Oi, nem sou convencido!].
Bom, meio que decidimos ligar um pro outro quando meio que quando tivessemos afim. Mas não precisava me ligar todo dia, né!

Pois é, minha história bontinha que agora é brochante...

domingo, 11 de outubro de 2009

Aventura na balada

Como todo me perguntou da minha estranha alegria, vou narrá-la aqui, porque já me cansei de contar por msn e telefone toda vez que amigos me perguntam, e também por caso de alguém contar diferente. Minha versão vai ser esta:

Fui pruma balada com meus amigos. Estávamos todos sensualizando e feliz e promíscuos... Até que eu cansei e disse que ia me sentar no sofá, meu amigo disse que eles iriam me procurar depois. Ok, passaram-se 30 mins, 40 mins, e não me aparece nenhum deles, só uma bicha de regata que me perguntou:
-Cansou?
[oi?? Bicha bancando a íntima é um horror].

Então pensei, se eles não vierem, vou lá procurá-los, certo? Tá, mas nessa balada, tinha três ambientes lo-ta-dos!!!!!! [de gente suada. Ai que nojo!] Dei uma volta na pista de psy, nada. Depois me esbarrei em todo mundo se pegando geral na de cima, nada. Passei no da banda, nada. Poxa, fiquei super atordoada, tipo o que eu ia fazer lá sem eles? Quem ia causar comigo? Num momento de ímpeto maior, eu conjurei todas minhas forças [que nem o Himan] e fui dar mais uma volta no aglomerado de testosterona, porque sexta na Bubu quase não vai mulher [só eu, a besta!].

De novo na pista psy; dou de cara com um menino que eu já tava fugindo, porque ele era uma aberração, mano! Juro, muito feio. Percebo que ele mexeu a boca pra falar algo comigo e... sinto uma mão no meu braço. Viro com esperança de ver um rosto familiar, eis: um cara bombado, sem camisa, de óculos escuros com a maior cara de ‘vem-ni-mim’, que me diz: ‘me passa seu telefone?’. Eu fiquei um tempo [conta-se 2 segundos] com a maior cara de ‘quem-é-você? Credo!’. E respondi: ‘depois eu passo, vou voltar aqui depois’. Saí pra pista de cima, super fugindo. [Sempre fujo de pseudo-conhecidos em baladas, como podem ver].
Achei meus amigos na pista de cima, causando geral. Oh, muito legal eles terem reaparecido, fato. Mas outro fato é que eles tavam afim de caçar, então não tive outra opção: fui caçar. haha

Parti pra pista de baixo, psy, porque as músicas estavam bem mais legais. Daí, enconstei uma hora numa das grades da área vip e quem eu vejo de novo? O cara super weird, me deu medo, meu. “Ele deve ser psicopata”, pensei, daí eu senti alguém perto de mim também procurando alguém nessa pista, eu viro e:

-ta-tãn-tãntãn-

Era o cara do telefone. Tudo de novo. Ai, merda, tava fodida. Daí ele ‘desceu’ [porque eu tenho 1,56 metro, né, benhê?] e me diz em chinês: “Você é muito bonita”. Oi? Na hora eu pensei no quanto tinha bebido, não era possível, já devia estar misturando todas as línguas que conheço.Aí eu perguntei:
-Onde você aprendeu isso?
-Eu morei no Japão e namorei uma taiwnesa.
E me mostrou uma tatuagem de uma gueixa [linda] no abdômen. E acrescentou:
-Não é uma chinesa, mas já vale.
-E por que vocês terminaram? [ainda tô com complexo de fim de namoro. Ok, eu sou loser].
-Porque ela era muito ciumenta. A...a japonesa também, a coreana também...Ah, todas mulheres.
-Ai, ta se achando, né?
-Não, eu sou legal. Sou o cara mais RP do mundo.
[haha, humilde!].

Óbvio que a gente ficou, né. Depois daquela frase em chinês, eu já tava toda ‘ai de que mundo ele brotou?’. Lá pro fim da balada, ele veio me pedir o meu telefone de novo. Fiquei meio irritada, porque não dou meu telefone pros caras que eu conheço em balada, sabe? Daí me baixou a maldita:
-Pra que você quer?
-Porque eu quero te ver de novo, depois de hoje.
-Então a gente se vê amanhã.
-Acontece que vou viajar amanhã pra trabalhar...em Salvador [oi? Então vai, asshole!].Só volto pra São Paulo na quarta.
-Então, você me liga quando voltar.
[pulando fora. haha eu sou muito covarde].
Não obstante, ele ficou insistindo pra que eu ficasse com ele até a hora do trampo dele, que era às 8, já devia ser umas 6, então ficamos bolando planos pra fugir da balada e voltar em tipo uma hora, porque ele ia ter que pegar a moto na casa do amigo [que, aliás, estava se esbaldando na pista ao som de Pokerface, haha]. Depois de muito vamos-não-vamos. Eu e meus amigos resolvemos ir embora, ele resolver vir junto [ain que grude].
Primeiro ficamos tentando procurar celular do meu amigo, que tinha sido roubado. Ninguém tinha crédito. humpf. [celular que naquela hora já devia ter sido trocado por pedra].

Antes íamos avisar o amigo dele, que tinha sumido. Não achamos. Não ia dar tempo de ir pro trampo, nem buscar a moto. O que fizemos?
Fomos pra minha casa pra inventar uma desculpa horrenda pro pessoal da academia [Oi?!]. Ain, coitado, ele ficou super de consciência pesada, porque ele nunca tinha faltado ao trampo.Cara, foi muito bacana. Ele é muito legal. A gente nunca acha que vai conhecer gente legal na balada, principalmente os que ficam sem camisa e malombeiros. Eles sempre têm um ar de Johny Bravo. Ele é super atencioso, ficou contando dos casos malucos da vida dele, tipo que fugiu com uma coreana, porque os pais dela não o aceitavam. [fugir? Oi, século xxi?]. Disse que eu sou branquela que nem um ‘moti’ [pra quem não sabe; é um docinho japonês branco com recheio de doce de feijão].
De qq forma, ele iria pegar o voo das 13hrs prs Salvador.Bom, a gente ficou super abraçadinho, colocamos pra despertar às 10. haha Quem acordou? Ninguém, ele acordou às 11:30 super assutado, me dizendo:
-A gente se vê daqui a quatro dias?
-Sim.
-Venho na quarta, na quinta, na sexta...e quando você quiser me chamar, eu venho também.
[ouuuuuuuun].

Lá pra 12:30, ele me liga acordando:
-Oi, sou eu ***. Agora você tem meu telefone. O que você tá fazendo?
[como assim o que eu tô fazendo, poha, tava dormindo, né].
-Dormindo...
-Ai, acorda!
-Você conseguiu chegar no aeroporto?
-Sim.
(silêncio)
(silêncio)
-Posso te ver daqui a 4 dias?
[poha, já tava quase dormindo de novo. Ia falar o que, meu?].
-Pode.
Desligamos.

Bom, essa é história assim mais satirizada, uma das histórias mais malucas da minha vida que eu to dividindo com vocês. Agora só restam alguns dias. Depois conto o resto da saga. ;)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Geração pós-moderna

Eu? hummmmm Eu gosto de [Henri] Bergson e de [Marcel] Proust... e de She wants revenge!
Sou, também, a escoria da academia: troco Letras por Publicidade.
Afinal, que geração precisa de Proust quando se tem Forrest Gump...?

I want to hold you close
Skin pressed against me tight
Lie still, and close your eyes girl
So lovely, it feels so right
I want to hold you close
Soft breasts, beating heart
As I whisper in your ear
I want to f*cking tear you apart

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

...just to find her

Estava eu com aquele dilema eterno e uma verdade única: 'namorar é um tédio'. Cheguei à minha casa toda miúda e com tristeza maior que o mundo, me perguntando se vale à pena assumir o namoro que vai ser um déjà vu eterno e assinar o meu atestado de sofrimento diário.
A resposta não demorou a vir: liguei a tv e na Fox tava passando um dos meus filmes preferidos, 'Mais estranho que a ficção' ['Stranger than Fiction'].
[Ele acabou parando na minha casa de tanta insistência dos meus amigos me dizendo que ia ser um dos filmes mais fantásticos que iria ver. Eles tinham razão. (É considerado um dos melhores roteiros de Hollywood nos últimos 40 anos e foi disputadíssimo entre diretores pra sacar quem ia gravá-lo)].
É um filme bem maluco e bem divertido, principalmente pra quem gosta de literatura ou de escrever; conta a história de um cara que trabalha na Receita Federal, ele acorda todos os dias no mesmo horário, escova 'x' vezes os dentes, chega ao ponto de ônibus exatamente na mesma hora, ou seja: a vida dele é controlada pelo relógio. Até que um dia ele vai checar se a dona de uma cafeteria [que é a Maggie Gyllenhaal, a atriz mais bonita. Fato] lestá sonegando impostos. Ela, ao contrário dele, é uma ex-aluna de Havard que largou o curso pra abrir uma confeitaria e burlar propositalmente a lei. Ah, não vou contar o resto, né. haha
Bom, o filme é o máximo, super vale à pena, tem tudo a ver com metalinguagem literária, desde um simples trocadilho como o momento em que ele vai dar farinha pra ela com cores, por causa das palavras homônimas em inglês 'flour-flower', até uma forte discussão sobre a força de um personagem.
Fica ai o trecho que eu acho mais legal do filme:




E pra quem quiser baixar: 'Mais estranho que a Ficção'.
Por fim, é um filme que fala sobre mudar de comportamento se souber que estar disposta a. Daí ver diferentemente as coisas tênues e nuances da vida.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

S2

Eu queria que todo relacionamento [de casal] fosse perfeita ou imperfeita a seu modo...

All I know is that you're so nice,
You're the nicest thing I've seen.
I wish that we could give it a go,
See if we could be something.

I wish I was your favourite girl,
I wish you thought I was the reason you are in the world.
I wish I was your favourite smile,
I wish the way that I dressed was your favourite kind of style.

I wish you couldn't figure me out,
But you always wanna know what I was about.
I wish you'd hold my hand when I was upset,
I wish you'd never forget the look on my face when we first met.

I wish you had a favourite beauty spot that you loved secretly,
'Cos it was on a hidden bit that nobody else could see.
Basically, I wish that you loved me,
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three.

I wish that without me your heart would break,
I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake.
I wish that without me you couldn't eat,
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep.

All i know is that you're the nicest thing I've ever seen
I wish that we could see if we could be something.

[Nicest thing - Kate Nash]

terça-feira, 1 de setembro de 2009

It's Better To Spend Money Like There's No Tomorrow Than Spend Tonight Like There's No Money


Eu sempre quis escrever algo mais pessoal no blog e nunca consegui... Então vai uma tentativa de post, que também vai pra todas pessoas que sempre quiseram saber sobre mim, mas nunca tiveram coragem de perguntar.
Bien, como começar isto? hã...eu tenho paura do óbvio. Acho estranho pessoas que têm os mesmos gostos, as mesmas opiniões por muito mais de 3 anos. Levando em conta que eu enjôo de tudo muito rápido, daí então eu tento fazer dos meus dias, no mínimo, mais divertidos e menos previsíveis, nem que seja só pra mim. Odeio até mesmo repetir as frases exatamente iguais. Fico caçando um caminho mais diferente pra dizer o mesmo.
Assim, eu acho que todos os dias eu ainda tenho 17 anos e fico sem muito medo do "amanhã", até porque eu morro de medo do futuro. E, desse jeito, eu vou mudando de opinião muito rápido, e fazendo da vida suuper intensa...por meia hora.
Disso, vem a justificativa dos meus short loves. Já gostei de pessoas, que me odiavam. Já me odiei por gostar de certas pessoas. Já chorei no metrô. Me matei de rir por paixões curtas de ônibus... Já fui trocada por uma baranga [clássica], talvez duas, sei lá... haha. Tudo sem rancor. Queria que todo mundo sentisse a vida mais leve e fluída, como eu vejo, e levá-los pra cada momento da minha vida: viver o que eu vivi. Eu conto tantas histórias, que sempre esqueço pra quem contei cada uma delas... Meu mundo é cubinho mágico - tipo aquele que certo dia eu vi o nerd da medicina se matando pra montar na frente da biblioteca - que cabem várias cores, mas estão sempre bem embaralhadas, porém toda carta de baralho tem a mesma expressão; pra cima ou pra baixo.

Gosto de tattoos 'old school' e 'drawnings', mas não sei explicar isso pros meus pais. Assim como não sei descrever as graduações que escolho, nem o que eu quero do futuro, muito menos que não quero casar. E que quero viajar pelo mundo antes de tudo isso, e que, acima de tudo, não tenho a menor vontade de ter tanto dinheiro como eles.
Fora tudo isso... Eu sou um eternamente um par de All Star vermelho, torto e sujo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A song about leaving

Na escassez de palavras momentânea, fica uma letra que diz tudo sobre deixar ir alguém que se gosta:


I wish you love

I wish you bluebirds in the spring
To give your heart a song to sing
And than a kiss
But more than this
I wish you love

And in july some lemonade
To cool you in some leafy glade
I wish you health
And more than wealth
I wish you love

My breaking heart and i agree
That you and i could never be
So with my best
My very best
I set you free

I wish you shelter from the storm
A cozy fire to keep you warm
And most of all
When snowflakes fall
I wish you love

I wish you shelter from the storm
A cozy fire to keep you warm
And most of all
When snowflakes fall
I wish you love

And most of all
When snowflakes fall

domingo, 16 de agosto de 2009

"Hey, Lloyd, I'm ready to be heartbroken"

Por cogitar a ignorância do tal nobre sentimento, apenas me recorre ao que sei sobre sentimento. E o que eu sinto, sensação a qual impossível não ter conhecimento, é uma explosão enorme de coisas coloridas, como se meus dias nunca mais fossem ficar preto-e-branco e as figuras diante dos meus olhos não vissem mais a nuances de Pollock. É estar sempre na indecisão, que me toma do claro à escuridão do dia, de ter coragem de pegar o telefone e ligar; mesmo quando os primeiros toques soarem, eu me arrenper. É passar todas as horas do meu dia pensando em me fragmentar pra poder dividir pedaços de mim com alguém. Escolhendo as melhores maneiras de distribuir isso, e de formas mais diversas para um maior impacto e menos reconhecimento. Todo dia podia ser uma novidade e tudo podia ser o universo de arco-íris.
Mas não é. O mundo é muito mais monocromático que denota, realmente, em si. É sempre mais cruel, "cada um no seu quadrado"; estabilizar sempre uma meta exata e segregar o que está além.
E eu que imaginava que gostar de alguém era um resultado entre confrontar ações que estão além de si, as quais nunca se imaginaria fazendo e...conseguindo! Como se surpreender todo dia consigo mesmo e adorar a sensação. Não estou dizendo que necessariamente gostar de namorado, entretanto de inúmeras razões motivadores, desde um parente, um escultor favorito, um amigo, enfim...
Nunca se está realmente preparado pra partida desse alguém, todavia toda 'patida' é polissêmica; já que se encaixa em ambos sentidos: o de ir embora e o de iniciar uma [outra] rota. Viver é isto, não? E apaixonar-se também. É tão injusto quanto "morrer a cada vez que se lê Baudelaire": sofrer e ter êxtase mesmo sabendo da catarse do fim.
Enamorar-se não está distante disso. É sonhar com o Peri e acordar com o Macunaíma [como disse em outro post]. E realmente acaba quando se percebe e tem-se a tal catarse aristotélica. É o caminho inverso de beijar o sapo.
E, independente do motivo da 'morte', sempre tem o 'depois'. Pois é. Gostar de alguém é sempre dar de cara com a parede, uma maior do que a do The Wall. Acredite. Mas ninguém é o mesmo todos os dias. E...I can handle it, well, i'll get over it.

sábado, 8 de agosto de 2009

Coisas que nem chocolate alivia.

Robin e Barry Gibb disseram pelas vozes de Nina Simone e Janis Joplin: "Baby, you don't know waht's like to love somebody [...]". É, eu não sei mesmo o que é bem isso que todo mundo em diversos idiomas e maneiras tentaram descrever. Pra mim, casais compartilhando um mesmo sentimento; é sublime e confortante. Sempre acho que um dia vou me encaixar numa dessas milhares de pessoas, mas, à medida que vai passando me vejo pulando de coração partido para pessoas com prazos curtos de convivência; e, assim, tornando frívolos estes sentimentos, os quais vão adiando pra mim.
Às vezes eu acho que eles vão chegar à minha casa num pacote e com manual. Há quem dia, pois, que essa coisa, trata-se mais de aprender a ceder e aceitar a outra pessoa; e quando não se consegue? A gente só senta e espera, faz cu doce ou simplesmente procura outra? Se amar é semear e dedicar-se a alguém, quanto tempo se leva pra alcançar nisso?
Gosto de saber que devo estar enganada sobre tudo isso...que um dia vou
descobrir como é, eque deve ser tão legal como quase todo mundo com quem converso e,
por mais que
seja um amor platônico, tem aquele ar...de "eu me sinto completo",
aquelas faíscas nos olhos de "todo dia eu sou um outro mais feliz".
E pensar que todo dia a gente vai poder contar a maior novidade do universo pra essa pessoa -mesmo sendo a mesma merda de história de dois dias atrás- e não enjoar e, ainda, achar graça.




domingo, 7 de junho de 2009

455

São Paulo é um grande sonho. Lugar que abriga sonhos pequenos, desde o Itaim ao Brás. Do meu dia-a-dia, há ainda uma falta pra se chamar de meu lar. Minha casa é a Paulista,são as esquinas de Barra Mansa, são as tardes na biblioteca municipal de Araraquara. É o Largo do Arouche até o Largo da Concórdia.
São os dias paulistanos que enobrecem a gente como humano. Nas manhãs gélidas do centro, e no breu do entardecer às 17. É no contato constate que se esquenta a rotina...e vai tocando a vida.
E nesse meu cotidiano metropolitano, indo para Vila Madalena, ouvindo Franz Ferdinand, entre as estações Clínicas e Sumaré;vendo meu reflexo, tinha percebido o quanto me faltava Maringá.

sábado, 30 de maio de 2009

les couleurs

quand je pense que je le trouve
dans le coeur,
il y a quelques...

ta bouche...
les rouges de tes voix
qui se mélangeront
avec le grise de ma pensée.

Et j'espère
quelques bleus de sa vie
pour changer de pourpre mienne.